Resenha | A última carta de amor, de Jojo Moyes

sábado, 9 de abril de 2016

Escritora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 384
Sinopse: "Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. Novamente em casa, com o marido, ela tenta sem sucesso recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante.
Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido — em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado —, Ellie começa a procurar por “B”, e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas de seu próprio relacionamento."
"Para mim, as coisas em geral são bastante simples. Uma Pessoa gosta de você, você gosta dela, vocês ficam juntos, e é mais ou menos isso." (pág. 14)
O livro narra a história de Ellie Haworth: uma jornalista que está envolvida há quase um ano com um homem casado. Narra também sobre seus amigos e até mesmo como seu relacionamento pode afetar sua vida no trabalho e com seus colegas.

A chefe de Ellie propõe uma matéria sobre o comportamento das mulheres nos anos 40/50 com o comportamento das mulheres da atualidade. É assim que as histórias se cruzam: Ellie encontra uma carta assinada por B e ela vai atrás até descobrir quem era essa pessoa romântica e misteriosa.
"Basta um homem dizer 'eu te amo' e imediatamente aquela garota esplêndida está praticamente um bagulho. Um bagulho feliz." (pág. 16) 
"Voltamos" para o ano de 1960 quando conhecemos Jennifer Stirling: uma mulher muito bem casada e que não se lembra de muita coisa depois do acidente. Seus familiares lhe contam coisas de como ela era antes do acidente, mas Jennifer não consegue se lembrar de nada. Tudo que ela sente é que falta algo, mas não sabe o que é exatamente.
"Quando você me olhava com aqueles seus olhos ilimitados, deliquescentes, eu me perguntava o que você podia ver em mim. Agora sei que isto é uma visão tola do amor. Você e eu não podíamos deixar de nos amar, assim como a Terra não pode parar de girar em torno do Sol." (pág. 128)
"Nunca vou deixar de amá-la. Nunca amei ninguém antes de você e nunca haverá ninguém depois." (pág. 153)
Jennifer descobre sobre essas cartas assinadas por B, que, aparentemente, ela mesma as escondeu e que são cartas do seu suposto amante. Conforme Jennifer vai lendo essas cartas, ela sente o poder daquelas palavras, do sentimento que ele tinha por ela e ela acaba percebendo que não é tão feliz no casamento atual como todos diziam isso para ela.
"Em algum lugar deste mundo há um homem que a ama, que entende quão preciosa e inteligente e boa você é. Um homem que sempre a amou e que, por mais que ele tente evitar, desconfia que sempre a amará." (pág. 226)
O que mais gostei no livro foi como as histórias se unem. Como a vida de duas pessoas completamente diferentes pode parecer tão semelhante em certo ponto. A narrativa apresentada por Jojo faz com que você se sinta vivendo os dois mundos: quarenta anos atrás e na atualidade (em certas partes, eu desejaria ter vivivo quarenta anos antes).

É uma história de romance muito comovente, com muitos altos e baixos, e até mesmo desencontros. Mas é um daqueles típicos livros que te faz sorrir, chorar e suspirar.
"Será que todo amor que não é simples e direto tem que ter um fim trágico?" (pág. 247)
"Queria que você estivesse aqui. As noites parecem longas sem você." (pág. 327)
Avaliação: ♥ ♥ ♥  

Um comentário

  1. Eu gostei bastante desse livro também. Ele me tirou de uma baita ressaca literária!
    Beijos!

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