Resenha | Uma longa jornada, de Nicholas Sparks

sábado, 12 de março de 2016

uma longa jornada
Escritor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Sinopse: "Aos 91 anos, com problemas de saúde e sozinho no mundo, Ira Levinson sofre um terrível acidente de carro. Enquanto luta para se manter consciente, a imagem de Ruth, sua amada esposa que morreu há nove anos, surge diante dele. Mesmo sabendo que é impossível que ela esteja ali, Ira se agarra a isso e relembra diversos momentos de sua longa vida em comum: o dia em que se conheceram, o casamento, o amor dela pela arte, os dias sombrios da Segunda Guerra Mundial e seus efeitos sobre eles e suas famílias. 
Perto dali, Sophia Danko, uma jovem estudante de história da arte, acompanha a melhor amiga a um rodeio. Lá, é assediada pelo ex-namorado e acaba sendo salva por Luke Collins, o caubói que acabou de vencer a competição.
Ele e Sophia começam a conversar e logo percebem como é fácil estarem juntos. Luke é completamente diferente dos rapazes privilegiados da faculdade. Ele não mede esforços para ajudar a mãe e salvar a fazenda da família.
Aos poucos, Sophia começa a descobrir um novo mundo e percebe que Luke talvez tenha o poder de reescrever o futuro que ela havia planejado. Isso se o terrível segredo que ele guarda não puser tudo a perder."
"Aquilo não foi longo, não foi ardente, mas assim que seus lábios se uniram ela teve a súbita certeza de que nada jamais parecera tão fácil e certo; o final perfeito para uma tarde perfeita." (pág. 102)
"Para algumas, as lembranças eram insuportáveis; para outras, o futuro era simplesmente mais interessante do que o passado." (pág. 103)
"Quando ela começou a acariciar gentilmente a mão dele com o polegar, Luke retribuiu da mesma maneira. Naquele instante, teve certeza de que já estava se apaixonando por ela e não havia nada no mundo que pudesse impedi-lo" (pág. 137)
O livro é contato em duas histórias: Ira e Ruth e de Luke e Sophia. Dois casais que não se conhecem, mas que irão se conectar de uma forma drástica, porém, incrível.

Ira Levinson é um senhor de 91 anos que sofre um acidente de carro e começa a ter alucinações com Ruth, sua falecida esposa. Somente a imagem de Ruth que o mantém consciente até alguém achá-lo. Durante a alucinação ele irá relembrar o passado e tudo que viveu com sua amada. Esse período é narrado na Segunda Guerra Mundial.
"A questão é que as pessoas quase nunca entendem que nada é exatamente como pensam que será." (pág. 140)
"Quando seus lábios se tocaram, teve uma sensação de descoberta, como a de um explorador que enfim chega as praias distantes que apenas imaginara ou das quais só ouvira falar. Beijou-a de novo e de novo. Quando finalmente se afastou, encostou a testa na dela. Respirou fundo, tentando controlar as emoções, sabendo que não a amava apenas aqui e agora, mas que nunca deixaria de amá-la." (pág. 141)
"Tudo o que ela sabia era que estava ali com Luke e passar o tempo com ele a fazia se sentir como se enfim estivesse seguindo em frente. Porque o que havia entre eles, fosse o que fosse, tinha bases no mundo real, não na bolha de fantasia da vida universitária, Luke era tão real quanto qualquer pessoa que ela já conhecerá." (pág. 194)
Sophia Danko é uma estudande de História da Arte e que mora no alojamento da faculdade; Luke Collins é um cowboy da cidade que participa de torneios para ajudar sua mãe. Luke e Sophia se conhecem em um rodeio - que suas amigas a obrigaram ir. Depois de diversas conversas, ambos percebem que mesmo com as diferenças, eles possuem uma sintonia incrível.
"Percebeu que queria aquilo. Queria se apaixonar por alguém em que pudesse confiar." (pág. 196)
"Há uma grande diferença entre pensar e considerar e uma ainda maior entre tentar." (pág. 200)
"Gostava do silêncio que havia entre nós de vez em quando, porque era confortável. Era apaixonado, um silêncio que tinha raízes no bem-estar e no desejo." (pág. 204)
uma longa jornada

"- As lembranças às vezes o deixam triste.
- Mas as lembranças são tudo que me resta." (pág. 208)
"Entendo que o amor e a tragédia andam de mãos dadas, porque não podem existir sozinhos, mas ainda assim me pergunto se a troca é justa." (pág. 217)
"De algum modo ele tornava o mundo dela mais vivido, mais real e, quando não estavam juntos, Sophia sempre se pegava pensando nele." (pág. 220)
Você deve estar se perguntando: e como duas histórias opostas irão se unir? Bem, Luke e Sophia estavam indo para um evento de ar quando avistaram o carro de Ira na estrada. E como método de agradecimento, Ira fornece algo para eles que mudará definitivamente a vida dos dois.

O final do livro é surpreendente. Eu não esperava que fosse acabar da forma que acabou. Como o livro intercala a história entre Ira e Ruth e Luke e Sophia, achei um pouco arrastada a história de Ira, mas que, de qualquer forma, não deixa de ser uma linda história de amor e superação.
"Afinal de contas, você não sabe quanto algo é forte antes de testá-lo." (pág. 261)
"Gostaria de ter talento para pintar o que sinto por você, porque minhas palavras sempre parecem inadequadas. Imagino usar vermelho para sua paixão e azul-claro para sua bondade; verde-floresta para refletir a profundidade de nossa empatia e amarelo-vivo para nosso persistente otimismo. E ainda me pergunto: a paleta de um artista pode captar tudo que você significa para mim?" (pág. 298)
"Se nós não tivéssemos nos conhecido, acho que eu teria compreendido que minha vida não estava completa. E teria perambulado pelo mundo à sua procura, mesmo se não soubesse o que estava buscando." (pág. 310)
Sobre a foto do autógrafo: sim, conheci Nicholas em 2013 quando ele veio à São Paulo para o lançamento deste livro. E em abril deste ano - ainda sem data e local - nos encontraremos de novo.
"Se existe um paraíso, nós nos encontraremos de novo, porque não existe um paraíso sem você." (pág. 310)

Postar um comentário