Resenha | Convergente e Quatro, de Veronica Roth

sábado, 17 de janeiro de 2015



Escritora: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: Convergente (528) / Quatro (272)
"É difícil abrir mão de certas coisas." (pág. 61)  
"Será que medos desaparecem de fato ou apenas perdem o seu poder sobre nós?" (pág. 98)
Para quem leu os dois primeiros livros da série, Divergente e Insurgente, quando chegou em Convergente ficou espantado com todos os acontecimentos. Mortes das pessoas que ajudaram na fuga da Erudição. Morte de pessoas contra a fuga. Pessoas que relatadas como mortas nos outros livros da série, você descobre que não estão mortas. Mais soros sendo criados e testados. Mudanças, perdão e amor também estão presentes nesse livro.

"Se acreditamos que algo é realmente um problema, devemos fazer tudo o que podemos, porque é impossível se segurar." (pág. 153)
"O fato de nosso mundo ser tão gigantesco que está completamente fora do controle, de que não podemos, de maneira alguma, ser tão grande quanto nos sentimos." (pág. 191)
"Algumas pessoas aqui querem culpar os danos genéticos por tudo. É mais fácil para elas acreditar nisso do que na verdade, que é a seguinte: não há como eles saberem tudo sobre as pessoas e os motivos que as levam a agir como agem." (pág. 222)
Há a questão de quem são as pessoas ajudando Tobias, mais conhecido como Quatro, e Tris a saírem do complexo da Erudição. Cada capítulo você desconfia de uma pessoa diferente. Você nunca sabe ao certo, até que descubra, quem está os ajudando e quem quer prejudicar. Há momentos que você realmente fica "brava" com as decisões tomadas pelos personagens, principalmente por Tobias. Mas há também, em alguns momentos entre a rebelião, que você consegue rir e suspirar com os personagens. Vale ressaltar que o livro é narrado na perspectiva de Tris e Tobias.
"As pessoas costumam enxergar o que já estão procurando, só isso." (pág. 259) 
"Sempre que duas pessoas diferentes são comprimidas uma contra a outra, haverá problemas, mas dá para ver que o que vocês têm vale a pena, só isso." (pág. 358)
"Eu me apaixonei por ele. Mas não fico com ele de maneira automática, como se não existisse mais ninguém disponível para mim. Fico com ele porque decido fazê-lo todos os dias quando acordo e sempre que brigamos, mentimos um para o outro ou nos desapontamos. Eu o escolho continuamente, e ele me escolhe também." (pág. 371)
 O melhor de tudo, para mim, é a confiança de Tris de que seus extintos estão certos, as ideias para conseguir paz entre as facções, em fazer tudo pelas pessoas que ela realmente ama. Tris foi realmente muito corajosa, mostrou que realmente pertencia a Audácia.
"Mas, quando precisamos escolher entre duas opções ruins, escolhemos a que salvará as pessoas que amamos e em quem acreditamos mais. É o que precisa ser feito." (pág. 386) 
"E eu sei, sem que ninguém precise me dizer, que é isso que o amor faz quando é certo. Ele torna você algo maior do que é, maior do que acreditava ser capaz de ser." (pág. 411)
"Imagino que uma chama que queime com tanta intensidade não seja feita para durar." (pág. 485)
O final do livro, é, sem dúvida, de partir o coração! Conforme você lê, parece que faz sentindo que Tris tente fazer o melhor para salvar Caleb, mas aí você se pergunta: "mas será que vale realmente a pena depois de Caleb ter te traído, Tris?" Mas, lendo os livros anteriores da série, é claro que Tris seria capaz de fazer tudo por aqueles que ela realmente ama. Ela nasceu na Abnegação, afinal.
"Às vezes, coragem significa abrir mão da sua vida pro algo maior do que você ou por outra pessoa. Às vezes sifnifica abrir mão de tudo o que você conhece, ou de todos os que você jamais amou, por algo maior. Mas às vezes não. Às vezes, significa apenas encarar a sua dor e o trabalho árduo do dia a dia e caminhar devagar em direção a uma vida melhor." (pág. 502) 
"Algumas das memórias mais poderosas que tenho, ficaram menos nítidas com o tempo, como as memórias costumam ficar, e não ardem mais, como costumavam arder. Às vezes, até gosto de revisitá-las em minha mente, mas isso é raro." (pág. 511)
"Desde que eu era criança, sempre soube disto: a vida nos danifica, a todos nós. Não há como escapar desse dano. Mas agora também estou aprendendo isto: podemos ser consertados. Consertamos uns aos outros." (pág. 519)
E sobre o livro Quatro, não há muitas coisas para serem ditas. O livro, como nome já diz, é baseado no personagem Quatro, Tobias, da série Divergente. Explica porque ele decidiu escolher a Audácia (ok, sabemos que foi por causa de Marcus, mas relata perfeitamente os acontecimentos). Explica ainda melhor porque ele não quis se tornar um líder da sua facção de escolha. Relata também como foi o seu encontro com Evelyn. E existe três cenas exclusivas do primeiro livro, Divergente, que são narradas no ponto de vista de Tobias sobre Tris.
"Embora as feridas cicatrizem, elas não somem pra sempre." (pág. 80) 
"Não sei se a coragem é algo que adquirimos com a idade, como a sabedoria, mas talvez, a coragem seja a forma mais alta de sabedoria, o reconhecimento de que a vida pode e deve ser vivida sem medo." (pág. 134) 
"Circunstâncias difíceis formam pessoas mais fortes. Não há como calcular a força de uma pessoa até que ela realmente seja testada." (pág. 137) 
"Livrar-me de todas as pessoas que querem me formar e moldar, uma por uma, e aprender a moldar a mim mesmo." (pág. 170)
Enfim, para finalizar, eu gostei muito da série Divergente. Claro que eu esperava finais diferentes para alguns personagens, porém... Eu recomendo a trilogia! E o livro Quatro é mais para quem realmente amou a trilogia e tem curiosidade em saber o porque Tobias tomou algumas decisões em sua vida, já que, na série não é detalhada perfeitamente.

Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ 

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