Resenha | A culpa é das estrelas, de John Green

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Escritor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Sinopse: "Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam."
"- Meus medos?
- É.
- Eu tenho medo de ser esquecido." (pág. 18)
"E aí tem livros do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição." (pág. 37)
"Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem." (pág. 61)
Hazel Grace foi diagnosticada com câncer - tireoide - aos treze anos como terminal. Agora com dezesseis, devido a um avanço da medicina, seu câncer encolheu, fazendo com que ela sobreviva mais alguns anos. Ela já aprendeu conviver com a doença, mas a doença não define quem ela é. Hazel é uma personagem sarcástica, forte e inteligente, e sempre conta com o apoio dos pais. Além de tudo, ela é uma leitora assídua de um único livro: Uma Aflição Imperial que fala sobre uma garota com câncer, também.
"Esse é o problema da dor. Ela precisa ser sentida." (pág. 63)
"O.k. Talvez o.k. venha ser o nosso sempre.
- O.k." (pág. 72)

"Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa." (pág. 74)
"Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas." (pág. 95) 
Devido a insistência de sua mãe para que ela interagisse com outras pessoas, fizesse novos amigos, Hazel começa a frequentas o grupo de apoio chamado "no coração de Jesus". É onde ela conhece Augustus Waters: um garoto de dezessete anos, diagnosticado também com câncer - osteosarcoma, inteligente, cheio de senso de humor e com uma visão grandiosa da vida.

"O.k.
Mandei minha resposta.
O.k.
Ele respondeu:
Ai, meu Deus, pare de flertar comigo!" (pág. 97)

"Não é sempre que a gente pode ter o que quer." (pág. 105)
"Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra." (pág. 118)
"Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você." (pág. 142) 
"Seria uma honra ter o coração partido por você." (pág. 161)
"Alguns infinitos são maiores que outros." (pág. 173)
"Aparentemente, o mundo não é uma fábrica de realização de desejos." (pág. 180)
"Quando os lábios semiabertos dele encontraram os meus, comecei a sentir uma falta de ar totalmente inédita e fascinante. O espaço à nossa volta evaporou, e por um estranho momento me senti bem no meu corpo." (pág. 185)
"- Estou numa montanha-russa que só vai pra cima.
- E é meu privilégio e minha responsabilidade seguir nessa montanha-russa até o topo com você." (pág. 197)

E é assim que Augustus se aproxima aos poucos de Hazel, fazendo crescer uma grande amizade entre eles, junto com Isaac - que também frequenta o grupo de apoio -, e o sentimento entre Gus e Hazel vai florescendo. Juntos eles vão aprender a superar a doença e a viver enquanto é possível - tudo através de sacarmos e não se lamentando. É quando eles embarcam para Amsterdã, junto com a mãe de Hazel, para que ela possa conhecer Peter Van Houten, seu escritor favorito, e lhe perguntar sobre como o livro termina e se haverão outros.
"Não posso falar da nossa história de amor, então vou falar de matemática. Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obvioamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. (...) Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro do nossos dias numerados, e eu sou muito grata por isso." (pág. 235)
"(...)E me ocorreu que a ambição voraz dos seres humanos nunca é saciada quando os sonhos são realizados, porque há sempre a sensação de que tudo poderia ter sido feito melhor e ser feito outra vez." (pág. 275)
"Meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações." (pág. 281)
Provavelmente muitos já devem ter lido ou visto o filme, então não há muito o que dizer. É uma história incrível. Realmente me fez rir e chorar no livro inteiro! John Green tem uma escrita que cativa o leitor e faz com que o mesmo interaja com os personagens e os viva. Além de tudo, o livro traz uma lição importante: às vezes reclamamos da vida por um simples problema e não a aproveitamos da melhor forma possível, mas temos que viver todos os momentos intensamente e esquecer dos problemas.
"Os verdadeiros heróis, no fim das constas, não são as pessoas que realizam certas coisas; os verdadeiros heróis são as que reparam nas coisas." (pág. 282) 
"Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo." (pág. 283)
Avaliação:  ♥ ♥ ♥ ♥ ()

Um comentário

  1. Oi! A Culpa é das Estrelas foi o primeiro livro do John que eu li e é o meu favorito ao lado de Cidades de Papel. O livro também me arrancou várias risadas, assim como me destruiu com o final hahaha. Que bom que você gostou também!

    Já estou seguindo o blog de volta e adorei o espaço. Espero que ele cresça mais e mais!

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