Resenha | Tudo e todas as coisas, de Nicola Yoon

quarta-feira, 30 de março de 2016

Escritora: Nicola Yoon
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304

*Lançamento dia 5 de Abril.*
Sinopse: "Madeline Whittier é alérgica ao mundo exterior. É tão alérgica que nunca saiu de casa em seus 18 anos. Ainda assim, ela vive feliz e em paz com a rotina: livros, internet e jogos à noite com a mãe. Até que um garoto de olhos azuis como o oceano se muda para a casa ao lado.
De repente, Maddy está ciente de que há vida além dos raios de sol que deslizam por suas persianas. E quanto mais ela se vê separada do mundo exterior, mais tem vontade de explorá-lo."
"Talvez eu esteja mantendo a esperança de que um dia, algum dia, as coisas mudem." (pág. 21)

Você já se imaginou alérgica ao mundo? Não poder sair de casa, não poder contato com outras pessoas, não poder comer tudo o que deseja, não poder viver. Essa é a vida de Madeline.

Madeline, uma garota de 18 anos, nunca explorou o mundo. Diagnosticada com IDCG  - Imunodeficiência Combinada Grave, ou, em outras palavras, "doença da criança na bolha" - desde pequena, Madeline foi privada de conhecer as coisas ao seu redor. Tudo o que ela conhece está dentro de casa.
"A vida é difícil, querida. Todo mundo encontra um caminho." (pág. 40)
"Mas a diferença entre saber e ver pessoalmente é a diferença entre sonhar que se está voando e voar de verdade." (pág. 77)
Ela estuda pela internet com o Sr. Waterman e ele a visita apenas duas vezes ao ano. Carla - a enfermeira - cuida dela desde sempre e em período integral. E sua mãe sempre cuida quando volta do trabalho - ambas fazem diversos jogos e tem noite de filme em casa. Em seu tempo livre, Madeline lê e rele diversos de seus livros, até que sua rotina começa a mudar com a aparição de novos vizinhos.
"Todo mundo acha que é especial. Todo mundo é tão único quanto um floco de neve, não é? Somos todos únicos e complicados." (pág. 99)


"Em certas ocasiões, as palavras não são suficientes." (pág. 106)
Como ela nunca se apaixonou, após ver Olly pela janela - aquele garoto todo vestido de preto -, sente que queria viver sem a doença para poder amar alguém, poder conhecer o mundo. Mas com a ajudinha de Carla, Madeline e Olly conseguem se conhecer: mas sem poder se tocar e tem que ficar o mais longe possível um do outro. E, mesmo com todas as exceções, acabam se apaixonando. 

Mesmo Madeline sabendo que é impossível se apaixonar e não poder viver a vida por causa da doença, ela decide se arriscar em nome do amor: compra uma passagem para ela e Olly para o Havaí onde viverão grandes aventuras e onde a vida de Madeline irá mudar bruscamente.
"Às vezes você faz as coisas pelos motivos certos e outras pelos errados. Há ainda aquelas vezes em que é impossível saber a diferença." (pág. 170)
"A matemática do Olly diz que a gente não pode prever o futuro. Acabei descobrindo que também não podemos predizer o passado. O tempo passa em ambas as direções - para frente e para trás - e o que acontece aqui e agora muda o que passou e o que ainda virá." (pág. 253) 
O livro é narrado na perspectiva de Madeline com uma escrita simples e algumas páginas com desenhos - o que faz o leitor "sentir" o personagem. Para mim, Madeline se mostrou uma garota corajosa, capaz de enfrentar até sua doença por amor.

As últimas páginas são arrebatadoras. Eu não esperava que tudo seguisse da forma como foi. Nicola fez com que eu acreditasse em cada detalhe e, no final, "jogou uma bomba". Incrível! Não é apenas um livro com uma capa maravilhosa; a história é tão maravilhosa quanto a capa. Leiam!

Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥


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